Evento: Sacudindo a Literatura: Doces ou Travessuras

EVENTO: SACUDINDO A LITERATURA: DOCES OU TRAVESSURAS



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Tenho um evento super legal para convidar vocês; Neste próximo sábado farei uma parceira com dois blogs Sacudindo a Literatura Sacudindo as Palavras/Sacudindo as Palavras/ Blog e também Da Literatura Blog /Da literatura. Aqui vocês podem acessar os links das páginas dos dois blogs parceiros e também conhecer de perto duas pessoas muito queridas  a  Denise Valente e a Ana Karina Silva.   Com isso ....


Evento: Sacudindo a Literatura: Doces ou Travessuras

  • Quando: 31/10 ( próximo sábado).
  • Horário:  15:00
  • Onde: Livraria Cultura, Bourbon Country, Porto Alegre.
Para essa segunda edição, comemoraremos o Dia das Bruxas em grande estilo com um bate-papo sobre literatura de terror e sobre a cultura do Halloween. Contamos com a sua presença para passar uma tarde super divertida com muitas brincadeiras, conversa, guloseimas e muitos brindes!!!

Sobre o que é o Evento?

'Sacudindo a Literatura' é um projeto organizado pelos blogs Sacudindo as Palavras e Blog Da Literatura. Como o próprio nome diz, nós queremos mobilizar a literatura, leitores, escritores, editoras e apaixonados por livros através de discussões sobre temas literários.

Lá teremos a minha participação com o a apresentação e discussão a respeito do meu livro Conversas que Emagrecem pela Editora Penalux.  No dia será sorteado um livro meu, também teremos marcadores de página do  Blog Carpinteiros do Universo e também a venda de exemplares  ( R$:32,00). Então acessem o link do evento e venham me prestigiar e também curtir este evento que será preparado com muito carinho e diversão. Ficarei muito grata pela presença de todos.



Onde Comprar

O livro se encontra disponível pela loja virtual da 
Editora Penalux pelo valor de R$: 32,00 ou diretamente com autora pelos contatos:

       Celular e WhatSap: 95099939
     E-mail: bruna_ girardi_dalmas_hotmail.com
       Facebook: Bruna Girardi Dalmas






Crônica : As Dores da Alma

As Dores da Alma






Toda alma tem suas dores, seus dessabores e seus desalinhos.   Toda alma é uma colcha de retalhos. Toda alma por si só é um emaranhado de experiências, sonhos, história, desejos, estórias. Algumas tecidas em cores bonitas, outras em preto e branco e tudo depende do ponto de vista.

Cada alma por só é única, autêntica e particular. Se pudéssemos pensar na alma como sendo um universo, cada um de nós seria  um. Temos a tarefa de nos tornarmos carpinteiros de nosso próprio universo. Dependendo das ferramentas que iremos utilizar, a forma como iremos trabalhar e a direção nos darão indicativos de que forma podemos ir lapidando a nossa própria alma. Temos que pensar nela como um organismo vivo que está a todo o momento em contanto com o mundo ao redor, desta forma, ela vai sofrendo transformações diárias e constantes. Cada encontro com o outro, cada expectativa colocada, cada sonho sonhado, cada projeto desenvolvido gera uma turbulência.  Essa pode ser sutil, passageira, eterna, o que irá determinar isso são as delicadezas de cada alma.
Ou seja, somos a todo o momento, convidados a mudar a nossa forma de pensar, de agir, de escolher e até mesmo de sentir. Afinal se a cada encontro gera uma repercussão dentro da gente, temos que ter a tolerância de compreendermos as sensações e as energias passadas pelas almas a nossa volta. Quando me refiro a isso, estou falando dos jeitos, valores, personalidades que os outros ao  nosso redor tem.

Tem alma que vem somar a alma da gente. Tem alma quer vem passear por um tempo ao lado da alma da gente. Tem alma que vem nos ensinar que o mundo pode ser diferente. Tem alma que vem colorir a alma da gente.  Há os mais variados tipos de alma,  mas pouco importa a energia da alma do outro, o que realmente importa é se vamos nos deixar inundar pelas almas alheias ou se vamos nos esquivar.

Mesmo que nem toda a alma combine com a alma da gente. Mesmo que nem toda a alma tenha os mesmos princípios. Mesmo que algumas almas venham para absorver  a alma da gente. Toda alma é diferente, isso não quer dizer melhor ou pior do que a nossa. O que muitas vezes acontece é que acabamos por blindar a alma  a fim de que possamos evitar qualquer tipo de tomento. Somos muitas vezes frutos do nosso passado, acabamos por deixar de lado novas experiências por medo do que já aconteceu. Já passamos más experiências com outras almas, acabamos por generalizar convites e visitas de almas alheias.

Ora, que hipocrisia pensar que todas as almas irão nos machucar. Afinal uma alma que  já nos fez mal, pode vir a mudar. Tudo depende do quanto também investimos na alma da gente, o quanto  ela é alimentada por sentimentos que permitam que a gente evolua, transcenda e encontre ainda mais sentido na nossa existência. Precisamos urgentemente começar alimentar a nossa alma com gratidão, afeto, cuidado, carinho, atenção, respeito, amor e fé.

 Se tivermos o hábito de cultivar em nossas almas estes ingredientes, todas as almas que virão ao nosso encontro sejam do jeito que for o que irá contar e o que irá repercutir é a forma pela qual estaremos lidando com elas. Seremos mais gentis, mais amáveis, mais respeitosos, mais gratos se aceitarmos as almas ao nosso redor sem julgarmos pelos nossos valores e princípios. Temos que aprender a dar liberdade para que as outras almas possam ser diferentes da alma da gente, acabamos por achar que amar é pensar igual.

Está na hora de deixarmos ir embora os nossos preconceitos quanto à gente mesmo e com os outros. Poder aceitar que a alma da gente às vezes fica nublada, contaminada por más pensamentos, por vezes não se comporta como deveria, podendo nos fazer tomar escolhas ruins. Ter mais paciência com alma da gente, nos ajudará a ter mais tolerância com a alma dos outros. Aceitar a nossa alma com as partes boas e não tão boas. Aceitar a nossa alma seja como ela for tendo em vista que sempre é possível adicionar novos elementos e aprendizados. A alma da gente sempre está pronta para aprender coisas novas, evoluir frente ao inesperado, mas para isso ela precisa de um combustível que é a  motivação e a força de vontade. Com essas duas ferramentas será possível mudar o mundo e tocar as almas ao nosso redor.

Pode parecer utopia pensar nisso, pode até parecer besteira esse negócio de almas. Mas estou em um processo de repensar   a minha alma, estou em um recomeço, onde estou adicionando novos elementos, reciclando alguns ingredientes a fim deixar  a  minha alma mais leve e delicada.

  Não há  alma que não sofra de retalhos, precise ir de vez em quando ao pronto- socorro a fim de remendar alguns retalhos, costurar novas partes, reciclar alguns tecidos e até mesmo construir novas partes.

Crônica: Marcianos Invadem os Jornais

Marcianos Invadem os Jornais





Marcianos invadem as manchetes de jornais. Ops, peraí,   na realidade uma sonda espacial encontrou água salgada em Marte.  Espera mais um pouco, ainda tem gente duvidando que o homem foi para Lua. Escuto alguns boatos de outros tantos, dizendo que estamos caminhando rumo a extinção.

Espere caro leitor, aqui são meros devaneios soltos no papel. Em plena segunda-feira nos damos conta que existe água  em outro planeta, ramificações de rios, mare e seja mais o que for. Pode, poderá ou poderia ali existir uma civilização. Pode ser que ali existiu fortes, cidades,  paz, guerra e já mais o que for.  De repente nos damos conta que a nossa onipotência em nos acharmos os donos do universo, os únicos seres em meio a esta enorme vastidão que nos cerca. Caímos para trás, um tanto chocados ao nos deparar com o que sempre pareceu um tanto inevitável.  Não somos os únicos a habitar este universo, se existe água em outros lugares, bem possível que ali houve  histórias,  experiência e quem sabe até casos de amor.

Fico aqui me perguntando se a escassez de alguns recursos naturais por ali, se deu da mesma forma que aqui. Afinal consumimos de forma desenfreada recursos naturais, mentais e até mesmo surreais. Queremos tudo, queremos agora e pouco sabemos lidar com frustrações. Somos fruto do imediatismo, do capitalismo, quem pensar contra é dado como comunista.  Sem querer me deter em politica, quero pegar uma raiz filosófica.  Será que não podemos pegar o exemplo de Marte  para repensarmos o nosso planeta Terra? Queria tanto que os meios de comunicação transformasse essa descoberta em algo produtivo, como o quanto devemos preservar e zelar pelos nossos recursos naturais. Mas parece tão démodé esses assuntos de preservação ambiental afinal partiram do principio que podemos usar a vontade e na quantidade que bem entendemos. Pouco ligamos para o futuro, para as gerações que irã por vir.

Acredito que os Marcianos inflaram seus egos com ar. Acabaram por esgotar os seus recursos, o que se nota agora são apenas alguns esboços do que já fora. Pode ser que ali habitaram uma civilização evoluída, culta e estruturada como nós aqui humanos.  E por algum motivo os marcianos deixaram de ser marcianos assim como os humanos estão deixando de serem humanos. Para você que me lê pode parecer sem sentido, mas pare e pense um pouco. A descoberta de Marte não pode se aplicar a Terra? De que forma estamos usando os  nossos recursos? Que estratégias preventivas estamos de fato pondo em prática? Será mesmo que cada uma faz a sua parte?


Seja por um motivo ou por todos os motivos do mundo, recebemos um sinal de alerta. Algo distante de nós, mas em muitos aspecto semelhante já foi algo maior e melhor. Por alguma razão, algo saiu do controle e fugiu da órbita.  Ao invés de nos preocuparmos apenas em descobrir se existe vida em outros lugares, talvez devamos nos questionar se existe solução para nossas desumanidades.

Crônica: Fronteiras

Fronteiras


Quem sabe vamos pensar em um mundo que dé para fazer tudo a pé





Eu reabri a porta e você me mostrou o mundo.  Eu cheiro jasmins, você ficou com  a essência.  Eu passo horas observando da janela, enquanto você já está na linha de largada. Balanço a cabeça ouvindo heavy metal, o seu mundo parece colorido por aromas e sabores.

Você me diz que a minha sintonia está quebrada, respondo com um sorriso, aceno de cabeça e continuo ouvindo meu rock antigo.  Você continua me alertando que posso tropeçar. Que os males do caminho não são as pedras encontradas, mas apegar-se a elas. De certa forma agradeço pelos aletas, mas prefiro ir acreditando nos meus valores e nos minhas ideias. Prefiro contemplar os astros, as linhas do céu e as nuances coloridas do que ficar receoso com as nuvens de tempestade.
Falei para você que o sudeste é tão bonito quanto o sul.  Você insiste em desenhar fronteiras, linhas que separam o meu desejo dos seus lábios. Prefiro acreditar em um mundo onde se possa fazer tudo a pé. Queria encurtar a distância do seu beijo, acelerar o ritmo dos seus passos em direção ao meu estado.  Falo do desejo de encurtar as nossas fronteiras, você apenas fecha os olhos consentindo, me deseja sorte. Para ficar juntos, precisamos mais do que isso, precisamos urgentemente  do aqui e do agora.

Quero  quebrar as fronteiras. Quero extinguir as linhas que nos dividem. Quero ultrapassar os pedágios e as barreias. Quero mostrar para você um mundo mais colorido, onde possa se fazer tudo a pé. Quem ama tem pressa, tem sede de realidade e anseia pelas chegadas. Se você soubesse o quanto minha alma se enobrece pela iminência de um encontro, talvez você parasse de pesar a sua alma com motivos tão banais. Para quem ama pouco importa os quilômetros, o que conta mesmo é a vontade de se ser e ter.

Quero cruzar a tua linha de partida, fazer dali minha linha de chegada, enfim poder inaugurar o meu país, nosso país.  Balanço a minha cabeça ouvindo os meus poetas. Tantos poemas tatuados na tua pele inquieta queria viajar nas curvas do teu corpo, poder povoar os teus devaneios e por fim dizer que estou por perto.  Enquanto somos divididos por fronteira, estados, pedágios e distância, me enchem de esperança. Uma esperança boba e maciça que casa bem com meu estado apaixonado. Você me deseja sorte, me deixa ali contemplando o céu estrelado, queria que você soubesse que as estrelas habitam o seu olhar.


Quero cruzar as tuas fronteiras, mostrar para você que para quem ama dá sim para fazer tudo a pé. Para quem ama não há desvio, curva ou rua sem saída, apenas caminhos que levam aos seus pés.