Resenha do Filme : A Família Bélier



Um daqueles filmes que a gente ao cinema sem criar muitas expectativas e saí de lá totalmente apaixonado. Filmes sobre família normalmente são complicados de não agradar ao público já que reflete na história de cada expectador.Mas nesta trama não se trata de uma família comum e sim de pessoas que sofrem de problemas auditivos, menos a sua filha mais velha.




Este e o panorama deste filmes francês que irá te fazer ri, chorar, se identificar e com certeza sair refletindo sobre o talento ou dom que possuiu. Um filme francês que se passa no interior da frança em uma fazenda de produtores de queijos. Paula a filha mais velha, uma menina sem papas na lingua,a única da família que escuta e fala perfeitamente. Ela se divide entre a escola, as tarefas da fazenda, ajuda a traduzir em lingua de sinais o que a família precisa e ainda cuida dos negócios da família pelo telefone. Sua vida está prestes a mudar quando se inscreve no coral da escola, o que tinha sido uma brincadeira para impressionar um menino do qual gostava, irá mudar drasticamente o destino de sua vida. O professor descobre que ela tem uma verdadeira pepita na garganta, que precisa ser lapidada para que possa em breve competir para uma bolsa de estudos em Paris. Como aceitar este e dom e contar para os seus pais? Como irá lidar com tantas novidades ao mesmo tempo?


Crescer não é uma tarefa fácil para nenhum de nós, desabrochar na adolescência ainda mais quando todos dependem de você ao seu redor é uma tarefa para lá de complicada. Os pais ao mesmo tempo que querem entender o seu talento tem medo de perde-la, ela por outro lado se encontra dividida entre continuar a sua vida no campo, ajudando todos que precisam dela ou seguir o rumo de seus sonhos. Entretanto, tudo está prestes a mudar quando seus pais vão assistir ao concerto, por mais que sejam incapazes de escuta-la, a comoção de quem esta a escutando toca profundamente os seus corações. Com isso, fica complicado não ceder o desejo de sua filha, incentiva-la no caminho de seus sonhos a fim de que possam fornecer as ferramentas necessárias para que possa realizar os seus sonhos.

Por fim, acredito que este filme me mostrou que não adianta a gente correr contra o nosso talento, deixar para lá e tentar esquecer. A gente nasce para dar certo em alguma coisa, por mais que o destino as vezes brinque com a gente é preciso aceitar o dom e fazer dele uma escada para nosso sonhos.



Lonjuras






Quantas pessoas próximas se tornam estranhas? Quantas pessoas importantes mudam ao longo da estrada? Quantos amigos a gente pode perder ao longo do caminho? Quantas pessoas erradas a gente esbarra até encontrar a certa? Quantas portas a gente abre com a chave errada? Quantas escolhas erradas a gente toma até saber que era a certa/ Por onde você andou até me encontrar? Eu? Estive por aí colecionando uma porção de coisas, se me perguntarem do que sofro, irei responder de forma calma e pontual, sofro de distâncias, nostalgias e uma saudade de tudo que ainda não vivi.

Quantos passos a gente tem que dar até encontrar a direção certa? Quanto as pessoas que a gente mais confiou podem mudar em um piscar de olhos? Quantas chances a gente deve dar para algo que já terminou? Quantas vezes a gente diz que não irá cometer o mesmo erro até se dar conta que está cometendo o mesmo erro de novo? Quantos desamores a gente deve colecionar até esbarrar no amor verdadeiro? Quantos sapos a gente precisa beijar até encontrar o príncipe? Enquanto andamos pelo mundo de mãos dadas, fico me perguntando quantas vidas vão vivendo estranhamente. Quantas vidas desperdiçadas com prazeres imediatos, egos inflados, almas anoréxicas e começa a me dar uma fome de humanidade, de verdade e principalmente de originalidade. Mas um dia cada um encontrará o seu caminho, um dia a gente tropeça nas verdades, esbarra com o óbvio e abraça o acaso com todas as nossas forças Um dia nem toda a astrologia, nem todos os santos, nem todas as simpatias serão capazes de serem tão fortes de abraçar e contemplar o o que sempre esteve tão perto, mas estávamos cegos demais para enxergar o que sempre existiu. Afinal somos humanos demais, de uns tempos para cá, tem alguns dias que perdemos a nossa humanidade.

Engraçado pensar nas pessoas que mudaram pelo caminho, principalmente aquelas que faziam a nossa alma colorir, o coração vibrar e o mundo girar. Ainda acredito que por mais que elas mudem, não são capazes de mudar suas essências, simplesmente estão passando por uma fase ruim. Prefiro continuar acreditando que nada é perpetuo, imutável e sim depende da forma com a qual estamos observando. Afinal existem tantos tons de cinza quanto tons de azul no céu, mas prefiro acreditar que ali estão todas as cores misturadas. Tudo depende muito mais da gente aceitar que até mesmo o especial muda. Quantas vezes vamos contemplar o cinza como cinza ao invés de tentar encontrar o tom de azul? Quer saber, andei tanto tempo tentando me agarrar em verdades, presa em meias verdades, agarrada em mentiras sinceras, incapaz de perceber que na realidade os outros não tinham mudado, apenas me afastei e comecei a perceber que  eu que mudara. Já não era a paisagem, o cheiro das estações, nem mesmo as folhas que estavam pelo chão, eu  era a mudança. Por mais que me recusasse a aceitar, apenas era o começo do fim das nossas vidas. Era apenas uma forma de tentar enxergar algo de bom nos finais, mas ainda prefiro deixar uns três pontinhos. Afinal me recuso a ser o ponto final em qualquer coisa, quero ser uma vírgula para que se um dia esbarrar em algo, possa recomeçar.

Por de trás de tantas mudanças, talvez o mais duro foi aceitar que o especial por mais que se torne estrangeiro, com suas cores e nuances, ele guarda algo de familiar. Talvez seja este sentir-se em casa, mesmo estando em outra estação, que nos deixa assim um pouco desconcertados, mas é tudo uma questão de como e onde começar a observar.

Resenhas: 10 Coisas



10 HÁBITOS ESTRANHOS

1) Tomar café com leite gelado,
2) Ler revistas do final para o começo.
3) Andar de ponta de pé em piscinas.
4) Tomar ducha gelada depois do banho quente.
5) Dormir com o braço embaixo do travesseiro.
6) Preferir comida requentada ou gelada.
7) Adorar bebidas sem gás principalmente Coca- Cola.
8) Fazer listas para quase tudo,
9) Falar sozinho.
10) Misturar doce com salgado,



10 Coisas que Ainda vou Conseguir

1) Me tornar uma escritora, publicar livros.
2) Me casar com o homem da minha vida.
3) Ter três filhos e um cachorro da raça Puggy chamado Shoyo.
4) Ter a minha própria biblioteca particular com meus livros favoritos.
5) Fazer um mochilão pela Europa, conhecer a Irlanda.
6) Trabalhar no que me faz plenamente feliz.
7) Abrir meu próprio café ou uma loja de esmaltes.
8) Guardar dinheiro para viajar.
9) Chegar ao meu peso ideal e manter ele.
10) Finalizar os meus romances.




10 coisas que me deixam felizes:

1) Amar e ser amada
2) Ficar com a minha família e o meu noivo.
3) Livros.
4) Nadar.
5) Boa Música.
6) Caminhar.
7) Filmes
8) Viajar
9) Café
10) Escrever




10 coisas que deixam chateada ( Lista da Pá)

1) Arrogância
2) Falta de Empatia.
3) Pessoas que falam errado, fico corrigindo mentalmente erros de português.
4) Pessoas vazias de egos inflados.
5) Pessoas que falam alto ou gritando,
6) Pessoas que puxam o saco, puxam tapete.
7) Lugares lotados.
8) Festas em estilo balada aonde não se consegue conversar.
9) Ficar longe de quem se ama ou de quem já partiu,
10)Criar Expectativas




10 Coisas que Não Vivo Sem

1) Minha família, meu noivo.
2) Livros.
3) Cinema.
4) Café Gelado.
5) Bom Humor.
6) Mexer o corpo, sacudir o esqueleto.
7) Conhecer novas coisas, lugares ( movida a curiosidade).
9) Ficar em casa.
10) Me a atualizar para criar, escrever coisas novas.

Resenha: Os meus Autores Prediletos

Resolvi reunir os meus autores prediletos, contar um pouco a respeito deles e o que mais admiro. Com isso, também compartilhar minhas obras favoritas, as que me inspiram, as quais já li mais de uma vez e com certeza me dão um ótimo combustível ótimo para escrever e contar as minhas próprias histórias.

Maryan Keyes




Esta autora que ganhou o meu coração, me faz ter uma vontade danada de ir visitar a Irlanda. De tantas histórias lidas a respeito de Dublin já me sinto em casa e com certeza será um dos destinos que pretendo fazer quando for viajar. Dona de uma mente criativa capaz de nos envolver em histórias comoventes, repleta de dramas muito reais que poderiam acontecer com qualquer um de nós, rega tudo com tanto bom humor, ironia e inteligência que temos verdadeiros ataques de risos ao nos debruçarmos sobre suas histórias. Tenho a coleção inteira dela para que a qualquer momento possa ler e reler meus personagens favoritos e as histórias prediletas. Para quem quer uma deixa para começar ler os livros dela, se você prestar atenção a maioria das tramas se passa em volta da família Walsh, suas filhas, seus dramas familiares e como família é sempre família em qualquer lugar do mundo, pode se preparar para muitas diversões em família e com certeza muitas lágrimas também. Aqui embaixo vai a minha seleção dos meus livros favoritos desta autora mega especial:



Nick Hornby.

Meu segundo autor favorito é Nick Hornby. Tudo começou quando estava me recuperando de um coração partido e um colega meu me indicou um livro que ele falou que não iria apenas no meu momento de fossa, mas com certeza iria me dar una lição para os meus futuros relacionamentos. Um livro que fala sem meias verdades, sem mentiras sinceras sobre a árdua tarefa de amar e ser amado, irá mudar completamente a forma com a qual você desempenha ou não seu pape nos relacionamentos, tudo isso veio com o livro Alta Fidelidade, também tem uma versão em filme que vale a pena ser conferida com a atuação implacável John Cusak.O autor é inglês, a maioria de seus filmes viraram filmes que podem ser conferidos no títulos como Uma Longa Queda, Um Grande Garoto, Alta Fidelidade. Apaixonado por futebol, musica, também tem obras lançadas com estas temáticas. Na sua vida pessoal tem um filho diagnosticado com autismo, com isso também está empenhado em obras sociais que auxiliem crianças que sofrem da mesma problemática de seu filho. Aqui embaixo os meus livros favoritos desta autor que com certeza devem ser conferidos.



Sophie Kinsella

Uma das queridas autoras das quais os livros dela curam qualquer TPM, fazem o tempo voar e com certeza o tipo de livro que a gente pega e é obrigado a devorar até o final. São situações inusitadas das quais com certeza a gente pensa que com certeza não iriam acontecer no mundo real, mas vai saber. Se por acaso você encontrasse um celular novinho e inteiro no lixo e o seu acabara de estragar, será que a gente pegaria emprestado? Se a gente tivesse um colapso nervoso ao ser demitida do emprego de nossos sonhos será que pegaríamos um trem com destino a qualquer lugar? Será que se não a nossa mão não tivesse sido pedida a gente desistira de nosso relacionamento e tentaria dar certo com um velho amor? E se o nosso vicio em compras nos levasse a cometer insanidades? Se em meio a um voo em pane devido ao mau tempo a gente entrasse em pânico e confidenciasse todos nossos segredos até mesmo os mais obscuros para um total desconhecido ?Estas são algumas deixas de alguns dos meus livros prediletos desta autora, da qual parece entender a minhas atrapalhações do nosso cotidiano que me submetem à situações hilárias.



Fernando Sabino

Um dos meus autores favoritos que me acompanhou durante a adolescência. Com certeza a única pessoa que conseguiu imprimir o vazio que todos nós carregamos ao longo de nossa jornada de uma forma quase brutal ao lermos O Encontro Marcado. Cronista de grande talento, seus romances sempre serão atuais independente quanto tempo se passe, acredito que seja um dos mais talentosos autores brasileiros que deve ser lido pelas gerações futuras e ser respeitado como patrimônio da cultura brasileira. Abaixo os meus livros favoritos deste autor que consegue transpor em palavra o que parece apenas existir em forma de sentimentos.



Helen Fielding


A minha querida criadora da Bridget Jones e com certeza a mais conteporãnea das histórias. Fala de nós mulheres reais, de carne e osso, estrias, quilos a mais na balança, cabelos com pontas duplas, esmaltes descascados e com certeza usamos calcinhas de vovó durante a semana. Tirando a imagem que a Cinderela deve ser perfeita, organizada e totalmente inspirada, por que não podemos nos inspirar com garotas como a gente? Afinal foi ela me senti mais "normal" ao saber que tem pessoas que assim como eu lutam contra balança, sofrem da síndrome de se pesar a todo instante, tenta a todo custo caber no número 40 e se alegra toda com um simples sorriso daquele garoto do qual almeja. Se você viu os filmes no cinema, vale a pena conferir com mais detalhes, mais diversão, os livros. Faz pouco que autora lançou outro livro da série, mas este será tema para daqui a pouco.



Èrico Verissímo


Foi um dos primeiros autores brasileiros e gaúchos dos quais cultuei desde muito cedo. Adoro os romances histórias, as tramas fortes e os amores proibidos. Durante muito tempo me dediquei em devorar a sua obra, pretendo reler daqui para frente já que gosto de manter viva as histórias que aquecem o meu coração. Ele cria personagens que ultrapassam o tempo, consegue nos ensinar a história sem ser massante ou chato e sim nos envolvendo em tramas familiares repletas de muitos segredos e surpresas.


Daqui a poco espero aumentar a minha lista de autores e autoras que fazem a minha cabeça. Mas espero ter ajudado a quem quer ampliar o seu repertório de escritores e não sabia muito bem por onde começar

Resenha do Filme: Uma Longa Queda




Uma Longa Queda


Para se deliciar com esta comédia dramática é preciso ter um pouco de sarcasmo e ironia, do contrário pode parecer uma piada de mau gosto. Afinal a cena inicial parece no mínimo inusitada se não soasse absurda, quatro pessoas na noite do ano disputando um local na cobertura de um prédio a fim de tentarem tirar suas próprias vidas.

Dali surge ao acaso daquela situação dramática que soa patética, um pacto, no dia dos namorados eles irão se reunir novamente naquele mesmo local. Você passa o filme todo ansiando se eles irão sorrir em volta ao terraço comemorando pelos motivos que estão vivos ou se irão acabar os quatro se esborrachados no chão. O que eles talvez não esperassem que um apresentador recém escandalizado pela mídia pelos seus deslizes pessoais, a filha de um politico com problemas emocionais decorrentes do desaparecimento de sua irmã, uma mãe a beira de um ataque de nervos e um adulto que ainda não descobriu o seu sentido da vida. Acabam por ganhar a mídia, a atenção das pessoas e da mídia, Fiquei me questionando se isso posto para a vida real, não iria por gerar uma epidemia de suicidas ou se iriamos começar a refletir sobre o sentido de nossas vidas.
Mas não se debruce assistir esperando grandes explicações psicológicas a respeito dos motivos que levam as pessoas a pensarem a se matar, mas sim mais um tom de comédia alguns toques de drama. Como se trata de um filme que foi adaptado de uma obra literária, o tempo fica curto para que a gente possa acompanhar as reviravoltas da história e muitas vezes acabamos por ficar perdidos. O sucesso do quarteto na mídia, a tentativa das férias para se afastar um pouco dos holofotes e a forma como cada um é afetado por aquelas amizades passa muito rápido aos olhos de nós telespectadores. Por isso , recomendo que leia o livro antes de assistir ao filme, para como todo sempre o dito é verdadeiro que o livro é melhor que a película. Já que os detalhes, os sentimentos e pormenores acabam por ficar mais nítidos e quase palpáveis quando lemos. O que é mais legal de ser observado é o contraste entre os personagens, uma dona de casa recatada e conservadora passa a conviver com uma adolescente revoltada e repleta de vida, o cara que pouco sabe o que fazer com a vida se depara c om a porção de erros de um cara bem sucedido. Com isso , acredito que cada um vai criando uma lista mental dos porquês que devem viver, afinal por algum motivo aquele encontro no terraço seria a chance para mudarem ou não os seus destinos.

O filme todo tem uma onde autoajuda, com alguns elementos místicos mesmo que não se atreva a falar de nenhuma religião. Mas cada um deles acaba por acreditar nos motivos que os levaram a não cometer suicídio. Seja por acaso, seja um golpe do destino, seja por uma luz, um anjo entre outros. Mas fica a dica para a gente repensar se é preciso chegar ao extremo para encontrar o sentido da vida. Como um dos personagens afirmar ao longo da trama que o motivo pelo qual gostaria de cometer suicídio é simplesmente o fato de não ter sentido. De não encontrar sentido, de sentir vazio o tempo todo e achar que tem sentido no que vive e faz. Talvez seja este o grande mal do nosso século, estamos rodeado por tecnologias, temos solução imediata para quase tudo, mas nos sentimos vazios. Acredito sim que talvez este seja um dos piores e mais nobres desafios o de fazer sentido, se tornar um sentido e se submeter a um sentido.




Resenha do Filme Livre






Sinopse: Após a morte de sua mãe, um divórcio e uma fase de autodestruição repleta de heroína, Cherry Strayed (Reese Witherspoon) decide mudar e investir em uma nova vida junto à natureza selvagem. Para tanto, ela se aventura em uma trilha de 1100 milhas pela costa do oceano Pacífico.

Reese Witherspoon investe agora como produtora, em outro personagem real: Cheryl Strayed, a mulher que resolveu fazer a trilha de 4.200 km, que inclui toda a costa oeste dos Estados Unidos, da fronteira com o México até o Canadá, conhecida como "Pacific Crest Trail" – e sem experiência alguma no esporte – em busca de autoconhecimento. E também como forma de expurgar o passado, de drogas e sexo promíscuo.

Encontre algo bom em si mesmo, quando encontrar agarre com toda força que puder.

Livre (Wild)



Quando li a sinopse do filme Livre pensei que iria ser uma história baseada em monólogos, muitas passagens e pouca ação. Mas ao assistir o filme, por diversos momentos chorei, em outros ri, alguns me identifiquei e com certeza nem vi o tempo passar.
A minha torcida pelo Oscar com certeza está toda com ela, já que sendo a rainha das comédias, ela consegue atuar de forma impecável, se dedicando totalmente ao papel. Acredito que o trunfo de ser um bom ator é exatamente isso, você se esquecer de quem ele é na vida real, você o enxerga como aquele personagem e nada mais. Se você perdesse a pessoa mais importante da sua vida, pegasse o rumo errado, estivesse no fundo do poço e até as pessoas que você mais admira tivessem se afastado de você? Para muitos este seria o fim da estrada, o fim da linha e com certeza o momento para se desesperar. Mas quando tudo parecia perdido, ela resolve colocar sobre si uma mochila maior do que ela e cruzar uma trilha imensa e a fim de encontrar a ai mesmo.

Com uma narrativa delicada que beira momentos da trilha, as dificuldades e superações do caminho, mas como ela mesma fala ela sente mais viva ali do que o mundo real. O mais pesado do caminho não são as bolhas, a sede, os insetos, o que mais atormenta são as lembranças é como fazer uma imersão em si mesmo recordando tudo o que se fez e o que se quer fazer. Mas o grande barato é descobrir que os problemas irão se transformar em alguma outra coisa, que algumas coisas deveriam acontecer por mais que pareçam desnecessárias e com certeza a gente faria tudo de novo. È preciso encontrar algo realmente bom em si mesmo, algo que a gente se orgulhe de verdade, quando a gente for capaz de encontrar a gente deve agarrar com toda força. A trajetória do caminho acompanha a transcendência dela já que ela precisou se perder para se encontrar, precisou aceitar as perdas para entender que as pessoas que se foram sempre estarão com ela, precisou perder tudo para saber que tudo que ela precisa estava ali por perto o tempo todo.

Por fim, com uma trilha sonora maravilhosa, paisagens paradisíacas, diálogos contundentes e atuações precisas este é um filme que deve ser visto não com os olhos clínicos, mas sim como olhos do coração. Acredito que todos nós em algum momento deveria dar um tempo ao tempo, permitir encontrar a si mesmo a fim de descobrir o sentido da vida.