Resenha do Filme Livre






Sinopse: Após a morte de sua mãe, um divórcio e uma fase de autodestruição repleta de heroína, Cherry Strayed (Reese Witherspoon) decide mudar e investir em uma nova vida junto à natureza selvagem. Para tanto, ela se aventura em uma trilha de 1100 milhas pela costa do oceano Pacífico.

Reese Witherspoon investe agora como produtora, em outro personagem real: Cheryl Strayed, a mulher que resolveu fazer a trilha de 4.200 km, que inclui toda a costa oeste dos Estados Unidos, da fronteira com o México até o Canadá, conhecida como "Pacific Crest Trail" – e sem experiência alguma no esporte – em busca de autoconhecimento. E também como forma de expurgar o passado, de drogas e sexo promíscuo.

Encontre algo bom em si mesmo, quando encontrar agarre com toda força que puder.

Livre (Wild)



Quando li a sinopse do filme Livre pensei que iria ser uma história baseada em monólogos, muitas passagens e pouca ação. Mas ao assistir o filme, por diversos momentos chorei, em outros ri, alguns me identifiquei e com certeza nem vi o tempo passar.
A minha torcida pelo Oscar com certeza está toda com ela, já que sendo a rainha das comédias, ela consegue atuar de forma impecável, se dedicando totalmente ao papel. Acredito que o trunfo de ser um bom ator é exatamente isso, você se esquecer de quem ele é na vida real, você o enxerga como aquele personagem e nada mais. Se você perdesse a pessoa mais importante da sua vida, pegasse o rumo errado, estivesse no fundo do poço e até as pessoas que você mais admira tivessem se afastado de você? Para muitos este seria o fim da estrada, o fim da linha e com certeza o momento para se desesperar. Mas quando tudo parecia perdido, ela resolve colocar sobre si uma mochila maior do que ela e cruzar uma trilha imensa e a fim de encontrar a ai mesmo.

Com uma narrativa delicada que beira momentos da trilha, as dificuldades e superações do caminho, mas como ela mesma fala ela sente mais viva ali do que o mundo real. O mais pesado do caminho não são as bolhas, a sede, os insetos, o que mais atormenta são as lembranças é como fazer uma imersão em si mesmo recordando tudo o que se fez e o que se quer fazer. Mas o grande barato é descobrir que os problemas irão se transformar em alguma outra coisa, que algumas coisas deveriam acontecer por mais que pareçam desnecessárias e com certeza a gente faria tudo de novo. È preciso encontrar algo realmente bom em si mesmo, algo que a gente se orgulhe de verdade, quando a gente for capaz de encontrar a gente deve agarrar com toda força. A trajetória do caminho acompanha a transcendência dela já que ela precisou se perder para se encontrar, precisou aceitar as perdas para entender que as pessoas que se foram sempre estarão com ela, precisou perder tudo para saber que tudo que ela precisa estava ali por perto o tempo todo.

Por fim, com uma trilha sonora maravilhosa, paisagens paradisíacas, diálogos contundentes e atuações precisas este é um filme que deve ser visto não com os olhos clínicos, mas sim como olhos do coração. Acredito que todos nós em algum momento deveria dar um tempo ao tempo, permitir encontrar a si mesmo a fim de descobrir o sentido da vida.








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