Crônica: Expectativas


 Nem sempre as coisas acontecem como gostaríamos. Na realidade tudo se move conforme as nossas expectativas.

  Colecionamos uma porção de planos. Dedicamos tempo arquitetando todas as coisas que devemos fazer. Para onde ir. Como conquistar.  Ficamos abarrotados e lotados por tantas ideias. Colocamos metas. Estipulamos prazos. E quando damos por si estamos ansiosos, aflitos e temerosos. Reclamos da pressão externa, quando na realidade sofremos pelas nossas próprias cobranças.

  Posso dizer por experiência própria que sei exatamente como é duro pegar pesado consigo mesmo. São tantas cobranças internas que acabamos tomados por ansiedade. São tantas expectativas que ficamos intolerantes a frustração. São tantos planos traçados que ficamos impacientes com imprevistos. São tantas e tantas coisas para fazer que o tempo continua escasso.

  Depois de vivenciar essas coisas, aprendi que o tempo é a melhor resposta. É preciso saber fazer pausas. Fazer intervalos e até mesmo saber recuar a fim de poder avançar mais inteiro. Neste meio tempo em que estivermos com menos demandas, poderemos investir mais na gente mesmo. Passar a nos conhecer melhor. Investir em autoconhecimento. Saber reorganizar a rotina com menos afobação e com mais sabedoria.
Saber responder algumas perguntas pode ser essencial para saber se estamos indo na direção certa. Para que estamos fazendo isso? O que eu desejo com essas ações? Será que não estou pegando pesado demais? Invista no diálogo interior. Se questionar vai fazer que você irá construindo um caminho mais forte já que você saberá aonde, de que forma e como chegar.

  Mas não se esqueça da importância dos intervalos. De dar tempo ao tempo e cuidar com as expectativas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário