Crônica: O Verdadeiro Natal



  O verdadeiro significado do Natal  deve ir além dos presentes. Pode parecer clichê, mas estamos perdendo o verdadeiro sentido das festas de final de ano.

   Queremos ter a melhor ceia de Natal com tudo que tiver de melhor para ser apreciado. Acompanhado por presentes que ganhamos e recebemos. A família está reunida, mas muitas vezes sem saber ao certo. Muitos se reúnem apenas nestas datas comemorativas, mas se esquecem de se unir ao longo do ano. Parece que nos lembramos das pessoas, compramos lembranças e fazemos questão de se reunir apenas durante esta época. Mas, esquecemos que o Natal deveria ser todos os dias.

  Lembrar-se da nossa família e dos amigos próximos. Querer reunir as pessoas que gostamos. Externar sentimentos. Compartilhar momentos. Dividir experiências. Tudo isso deveria existir ao longo de todo o ano, não apenas ser esperado para o final do ano. Com isso, não quero dizer que não seja importante comemorar o Natal e as demais festividades de final de ano, mas  este não deveria ser o único motivo para se reunir e celebrar. O melhor mesmo seria que tudo isso fosse recheado por espiritualidade.

  Desta forma, não quer dizer  que temos que seguir uma religião, mas que possamos externar a espiritualidade. Praticar a empatia pelas pessoas ao nosso redor. Ser conduzido por atos de bondade e compaixão. Dar vazão aos bons sentimentos. Conseguir tecer amor incondicional. Agir com gestos que externem fraternidade e serenidade. Ser capaz de poder ser altruísta e generoso. Deixar de lado o egoísmo, ódio, atitudes mesquinhas e toda onipotência. Se deixar guiar apenas pelo que há de bom dentro de si mesmo e mesmo que o outro não esteja preparado ou dotado das mesmas qualidades, teremos paciência e sabedoria para lidar com o outro. Isso tudo deveria existir não só no final do ano.

  O Natal deveria ser todos os dias. Os presentes deveriam ser construídos por bons sentimentos e atitudes positivas. A celebração deveria vir da vontade de estar com os outros sem pedir nada em troca.  O bom seria mesmo se a gente pudesse ser mais espiritualizado e menos cético. Acreditar que a fé que temos na vida e nas pessoas funciona como um combustível para um mundo melhor e mais humano.

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