Diários de Bluu:O embaraçoso e temido primeiro encontro

O embaraçoso e temido primeiro encontro



O primeiro encontro costuma ser uma situação complicada. Ainda mais se ele for às cegas. Comum conhecer a pessoa virtualmente. Por aplicativos, redes sociais para depois marcar um encontro ao vivo.

Aí veem as preocupações do mundo virtual. Se a pessoa é realmente quem é. Se a foto  condiz com a realidade. O medo absurdo de o papo ter rolado e fluido sem parar e que na hora ao vivo, esgote.  Se muitas coisas já passavam na nossa cabeça em um primeiro encontro quando se tinha apenas o telefone ou às vezes nem isso as apreensões são infinitamente maiores agora com a tecnologia. Sinto falta de ter apenas um recurso a minha disposição à realidade. Antigamente o pretendente tinha o número de telefone e pronto.  O encontro era marcado. Agora se pode falar com a pessoa desejada por muito tempo virtualmente. É possível mandar fotos, áudios, compartilhar intimidades, contar do cotidiano sem que se tenha visto a pessoa ao vivo e a cores. Tudo isso é bem estranho para uma pessoa como eu que precisa de uma conversa olhos nos olhos. Um convite para um café. Preciso ver as cores do olho de perto.  Enxergar os olhos, sentir o cheiro nada disso o mundo virtual pode me proporcionar inteiramente.

Se você assim como eu tem a mente abarrotada por uma coleção de pensamentos antes do primeiro encontro. Não se sinta só.  Um dos meus piores pesadelos é que mostramos para o nosso alvo desejado  nossas melhores fotos, ângulos, a luz que nos favorece e tudo que pode parecer perfeito. Mas será que ao vivo a gente consegue ser assim? Se assim como eu você também luta contra  a balança. Tem alguns quilos  gritando para serem expulsos. É desastrada por natureza. Fala demais quando está nervosa. Tem a síndrome dos pés e das mãos inquietas.  Você está no lugar certo. Antes de encontrar alguém que pode ser um futuro pretendente mil paranoias passam na nossa cabeça.

O peso. O estilo de roupa. O nosso cabelo. Os assuntos que falaremos. Medo de estragar tudo. A posição das mãos. O que fazer O que não fazer. Parece que somos bombardeados por nós mesmos por um único objetivo. De sermos desejado.s De sermos compatíveis.  Tudo isso pode ser amplificado em um primeiro encontro se você está acompanhado do demônio dos tempos modernos. A ansiedade. Se ela vier junto. Tudo parece maior e mais assustador. Então por que mesmo assim vale a pena ter um primeiro encontro?  Por que continuamos insistindo em conhecer alguém? Se as borboletas no estômago, as inseguranças, os medos foram menores do que a vontade de apostar  em alguém. Ainda há esperança.  Há motivos para continuar. Afinal o outro pelo qual você está com receio de conhecer está passando pelo mesmo que você.

Um conselho, fale exatamente como se sente. Não tenha medo de falar do nervosismo, no frio na espinha e do quanto aquele momento parece embaraçoso. Assim se silenciam os medos, caem os mecanismos de defesa e se suspendem os jogos. O que procuramos no outro é a liberdade de nos sentirmos em casa. Confortáveis.  Sem amarras, grilos ou  minhocas mentais.  

Tira a roupa dos seus anseios e dê a oportunidade daquele estranho se sentir acolhido, compreendido e o mais importante respeitado. O que passa na nossa cabeça em um primeiro encontro? Um turbilhão de pensamentos, sentimentos, sensações que podem ser dissipadas com sinceridade, bom-humor entusiasmo.


Não esqueça que o mais importante que sua roupa, estilo ou status é ir vestido de si mesmo.

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