Carta aos meus Leitores, meus queridos Carpinteiros do Universo


Carta para os Carpinteiros do Universo

  Falta um dia para o lançamento do meu segundo livro: Drops de Menta pela editora Kázua. Conto com a presença de todos vocês, meus Carpinteiros do Universo que ainda acreditam que mudar o mundo nada tem haver com utopia.

   Pensar que já estou publicando meu segundo livro e que tenho ideias para tantos outros, me faz ficar recheada de sentimentos nostálgicos. Parece que foi ontem que comecei a devorar livros. Lembro até hoje que o primeiro foi o Feijão e o Sonho do Lessa. Aos onze, as histórias transbordavam dentro de mim como bolhas de sabão. Precisava contar as minhas próprias experiências, fazer ganhar vida todos os sentimentos e sonhos que habitam e colorem o meu mundo interno.

  Aos onze anos, estava embarcando na temida adolescência.  Era uma menina diferente, preferia livros a pessoas. Adorava passar horas devorando os clássicos, buscando novos autores e meu coração batia forte pelos suspenses de Sidney Sheldon. Depois veio o lado mágico, místico e até um tanto proibido de Paulo Coelho. Mais tarde me encantei e me emocionei com os romances históricos de Érico Veríssimo. Logo devorei Sabino. Clarice Lispector, Caio Fernando Abreu e tantos outros. Cada um foi construindo o meu jeito de escrever, ganhei novos contornos e perspectivas.

    No começo a escrita vinha como uma forma de driblar a solidão. Na escola tinha poucos amigos, era alvo do que hoje chamam de bullying, achava apenas que não fazia parte daquele contexto. Gostava de escrever romances, criar personagens, fazer resenhas e cultivar amores platônicos. Vivia apaixonada por meninos que tinha visto apenas uma vez, escrevia cartas de amor, dedicava poemas. Ah o amor! Sempre me inspirou a escrever. A escrita sempre foi a minha companheira para os bons e maus momentos.

  Cá entre nós, um segredo. Cada escritor tem suas manias seus hábitos e seus vícios. Escrevo melhor quando estou triste. Da tristeza nasce a reflexão que faz também brotar os versos que parecem sair do fundinho da minha alma.  Outro segredo, tudo me inspira e  a maior parte das coisas que escrevo já aconteceram comigo ou as presenciei. Me sinto autorizada a escrever sobre a minha própria história, meus medos, meus desalinhos do que dissecar a vida dos outros. Prefiro compartilhar absolutamente tudo o que há em meu mundo interno, sem medo da exposição.

     Por isso quando você, caro leitor se debruçar sob as minhas crônicas sentirá uma intimidade quase estranha. Você se identificará. Afinal um dos meus maiores prazeres é aproximar o leitor dessa humanidade franca e tantas vezes engraçada é o que torna o texto repleto de verdades e confissões.

  Muito do que já escrevi foi inspirado em pessoas queridas, amores perdidos, amigos de longa data e claro  o melhor palco para se tirar inspiração, a vida. 

   Assim convido vocês leitores, meus amigos e pessoas que acompanham o meu trabalho para experimentar o meu novo livro. Ele vem embalado com açúcar e afeto com a pretensão de se tornar o seu companheiro predileto. Um livro que vai lhe ajudar nas crises, lhe fazer companhia na solidão e principalmente lhe provocar uma vontade de mudar o mundo.

Escrever é como poder fotografar o cotidiano. Mas ao invés de tirar retratos fieis da realidade, criam-se novas perspectivas, aumentam-se algumas histórias, atenta-se a alguns detalhes que poderiam passar despercebidos e principalmente eterniza pessoas e sentimentos.

Sejam todos bem-vindos Carpinteiros do Universo a embarcarem no meu novo livro Drops de Menta,
Beijos e abraços literários da escritora,
Bruna Girardi Dalmas.

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