Crônica: Trem para as Estrelas




  A vida é um sopro. Vida louca,  vida breve. Ela é dura, suave, terna ou áspera dependendo da perspectiva que vivenciamos. Mas, ela passa rápido e quando nos damos conta, passou.

  A vida é real e de viés. Ela costura momentos, provoca decisões e espera por respostas.  Quando nos damos conta o tempo passou e o que restou? A amizade  incondicional, o amor sem medidas, as risadas genuínas, o toque que afaga, as palavras que consolam. O que permanece na memória não são as coisas adquiridas, os bens possuídos ou o que colecionamos ao longo da vida. O que resta são os sentimentos puros e verdadeiros, a voz que vem do coração, o afeto açucarado e a gentileza nos gestos. O  que restar é amor, que este possa transbordar e que recheie todos os momentos até o final.

   As amizades são tecidas por laços estes podem ser tecidos por sangue, afinidade ou simplesmente por querer gostar do outro.  Elas são o combustível para que os dias passem de forma mais amena, durante as tempestades sempre bom ter alguém com quem pegar na mão. Amigos são uma forma preciosa de se tocar a eternidade. Deixam a vida mais doce, branda e alegre. No final o que a gente vai lembrar é que ao lado dos nossos amigos nos sentimos em casa. Como se não precisássemos ir a nenhum outro lugar a não ser estar dentro de um abraço. Quando um amigo parte restam as lembranças das risadas ridas juntas, o afeto estendido, os momentos compartilhados e toda infinidade de sentimentos compartilhados. Por mais que alguém parta, ficará sempre um pouco do outro ali e vice versa.

  Hoje você partiu. Foi morar no trem das estrelas. Reencontrar as pessoas queridas das quais sentia tanta falta. A sua alma agora pode repousar tranquila junto com Deus. Sentirei falta da sua amizade, da sua risada, da forma como percebia o mundo e sentirei falta com certeza do carinho que sentia por mim. Talvez tenha sido uma das pessoas mais importantes que leu os meu livro e me apoiava. Sentirei sua falta, mas a amizade sempre vai restar longe ou perto.

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