Pegando a inspiração
da música Trem das Sete de Raul Seixas, surgiu a inspiração para a crônica.

O Trem
Lá vem a vida
surgindo por detrás da montanha. Vem trazendo
lembranças, memórias e nostalgias. Também vem trazendo nuvens de tempestade. Ela
atravessa muitas vezes como um trem desgovernado.
Por detrás de cada
sorriso sorrindo há uma história. Batalhas, lutas silenciosas, momentos
coloridos e também acinzentados. Mas para embarcar não precisa passagem e nem trazer bagagem, precisa apenas
de um pouco de afeto e empatia.
Para poder esbarrar
no trem alheio é preciso gentileza, ternura e compaixão. Quem vai chorar? Quem vai sorrir? Há sempre um
trem chegando à estação. Sempre tem uma história esperando para ser escutada. Uma
alma ansiando por ser tocada com gentileza.
Enquanto a vida vai
costurando e tecendo novos coloridos. O céu não é o mesmo que a gente conheceu.
Tudo muda o tempo todo. A gente muda com
a vida. A vida vai mudando com a gente. Vamos esbarrando em alguns trens. Com alguns
vamos formando locomotivas. Muitas vezes tudo vira do avesso e de repente se
torna o lado certo.
É preciso prestar
atenção nos sinais. Deus pode estar
brincando de arquiteto. Traçando novos destinos para o nosso trem que é tecido
de tudo aquilo que vivemos, sentimos e pensamos. É preciso cuidar dos trens alheios a fim de
tratar com respeito a bagagem que cada um carrega.
E lá vem a vida
atravessando. Invertendo certezas, costurando novos significados a fim de que
sempre possamos nos sentir provocados a recomeçar.
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