Este ano foi marcado por mudanças
arrebatadoras e arrependimentos intransponíveis. Com certeza se desse para
pular ou apagar algumas coisas com controle remoto seria ótimo.
Mas a vida não perdoa. Ela é densa, por vezes dura
e nos atravessa de tal forma que é preciso saber costurar. Acredito que os erros
que a gente comete, o pior o peso é o da consciência. Conviver com os nossos erros exige não só aprendizado,
mas saber se perdoar.
Perdoar os erros cometidos. Perdoar os
deslizes. Perdoar os
impulsos. Perdoar a si mesmo é uma tarefa árdua que por vezes exige muito mais do que emagrecer a
consciência, exige amor próprio, autocuidado e paciência. Nem sempre é uma
tarefa simples poder parar de se culpar pelo que aconteceu.
Quando eu me perdoo, me aceito e posso transcender. Quando me perdoo posso expandir a minha
consciência. Quando me perdoo sou capaz de ampliar as perspectivas. Quando me
perdoo sou capaz de me enxergar além dos meus erros para poder desenhar
soluções.
Se perdoar é um ato divino. Uma questão de entrega
e de aceitação que somos humanos e pela nossa humanidade somos falhos e
passíveis a erros. Mas também somos
passíveis a tentar de novo, a traçar novos caminhos e desenhar novas saídas. A maioria
dos erros podem ser contornados para poder desenhar um novo desfecho.
Aceitar os próprios erros a fim de poder recomeçar.
Poder traçar novos caminhos para os erros cometidos. Poder esvaziar as culpas a fim de transformar
em ações. Todos nós erramos e nem sempre é preciso falar a respeito dos nossos
erros, escancarar para o mundo nossas falhas, às vezes basta poder corrigir
para si mesmo a fim de poder continuar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário